sábado, 23 de abril de 2011

Minhas lembranças, minha vida

É insano talvez dizer que isso fora responsável por desenvolver minha personalidade e visão de mundo nos últimos seis anos.
Bobagem afirmar que minha auto-estima e forma de encarar a vida resultou desse mundo paralelo.
Estúpido achar que isso foi essencial para que eu mantivesse meu bom humor e tivesse mais amor e visão privilegiada de um mundo cheio de alternativas.
Acredite.
Cresci e mergulhei em um mundo fantasioso repleto de pontos de interrogações. Vesti uma camisa peculiar para muitos, mas que para mim parecia ser como me auto-completar em diversos sentidos.
Sorri, chorei, gritei, corri, busquei, arrisquei, e consegui. Consegui vencer uma luta do bem a qual só eu estava competindo. Mostrei a que vim, e sanei essa fome.
Costumo dizer que não possuo sorte, e sim uma forma engraçada de encarar a vida; de querer e buscar o que quero. A sorte não existe, nós é que a construímos.

Somente minhas lembranças são capazes de traduzir as coisas incríveis que passei, que sonhei, que chorei. Um universo tão rico e belo em suas diferenças. Ah! Como daria minha alma para voltas àqueles dias de fantasias sem limites...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu quero viver


Cansei dessa vida de adulta.
Estou morando sozinha, em uma cidade estranha, faço minha comida, lavo minhas roupas e pago minhas contas. Embora a experiência seja ótima e essencial para qualquer um, às vezes me pergunto se não estou me cobrando demais; sim, pois desde os meus quinze anos quero a independência. Não por rebeldia, mas sim por necessidade.
Observava ao meu redor e tinha certeza que, se tentasse seguir os padrões da sociedade em que vivia, eu iria fracassar.
Eu queria seguir o que eu tinha vontade. Queria desvendar aquilo que tinha vontade de conhecer. Um mundo que infelizmente estava longe do meu alcance, mas que eu faria de tudo pra tentar alcançar.
Sonhei alto e sonhei forte. Abri mão de uma vida "confortável", mas também turbulenta e regada à coisas a qual não queria me envolver futuramente.
Sou calculista, assim como meu pai. Observo, penso, planejo, e faço. Talvez seja esse meu maior defeito. Por conta disso, deixei por muitas vezes de aproveitar a vida. Momentos a qual pensava mais nas consequências negativas ao invés dos benefícios.
Idealizo o futuro e deixo o presente a cargo da minha cabeça-dura. Sou uma marionete controlada pela minha própria mente. Olha só que ironia...
Posicionei meu corpo e minha alma atrás de um escudo, a qual me protejo dos prazeres da vida. Vivo, mas não desfruto daquilo que vivo. Critico o que foge dos padrões, mas acho legal ao enxergar de longe. Contraditório, não?
O que preciso, eu já sei: me libertar das amarras que me fizeram enxergar a vida com mais frieza. Me libertar da cobrança imposta por mim mesma.
Eu quero e preciso viver.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Acordei


Deitei minha cabeça no travesseiro hoje e me pus a pensar.
Como em raros momentos faço, fiz uma retrospectiva mental da minha vida, nos últimos anos. Lembrei de coisas a qual não lembrava mais; ou simplesmente não pensava. Lembrei de momentos alegres, inspiradores, mas que hoje não fazem o menor sentido. Lembrei de fases a qual minha criatividade estava à disposição dos meus sonhos. Deixei que o mundo da fantasia invadisse a minha vida e que transformasse as minhas vontades em feitos.
Eu vivia em uma nuvem.
Sentia poder coisas; sentia poder me desafiar, buscar o inalcançável. Queria expor, gritar meus anseios.
Fiz tudo que a vontade mandou.

O tempo passou e por razões diversas sinto que o mesmo esfriou minha alma. Me fechei pro mundo, ainda que o quisesse. Me senti intimidada por olhares julgadores. Junto a isso, hoje tampouco sei dizer como silenciosamente perdi todo aquele misto de sentimentos e desejos que almejava há poucos anos.
Me fechei pro mundo.

Passei a ver muito e enxergar pouco. Enxergar tudo com menos ânimo e mais realidade...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem é você?


Há uma coisa que muito me incomoda desde que me conheço por "gente de opinião formada".
Uma sociedade que sempre viveu à sombra de formar e criar cidadãos comuns em ditos "Reis" ou merecedores de direitos maiores que o restante da população, somente porque fizeram algo que aos olhos da massa são incomparávéis aos demais.
Atenção: Não critico o ato de admirar, e sim a excessiva idolatria; critico ainda mais os que veneram de modo ridículo pessoas tão e somente porque outras pessoas a veneram, achando que assim se tornam mais interessantes perante a essa mesma massa.
Lamentável.
Lamentável também é ver pessoas que realmente são dignas de respeito por algum trabalho, mas que visivelmente a arrogância e mediocridade que carregam são resultado da excessiva atenção que os demais à entregam. Sim, pois atenção demais dada à seres de cabeça fraca resulta em comportamento dos mais variáveis.

"Você sabe com quem está falando?". Frases como esta dificilmente são ouvidas. Agora basta um simples posicionamento para alguém mostrar que pode mais do que você; ou achar que pode. E nem entrarei no quesito "classe social", porque não é bem essa a questão que quero colocar.

Uma pessoa pode ser "melhor" do que as demais por portar inteligência, algum dom, ou simplesmente por ser quem é; mas isso não lhe dá o direito de se portar perante os outros como alguém superior. Entendem o que quero dizer?
Encontramos pessoas de ego aflorado o tempo todo, durante toda a vida. Seja você, dê-se o respeito, e não deixe que ninguém pise sobre sua cabeça por qualquer motivo.

Apesar de tudo, todos somos seres humanos, e independente de qualquer coisa, merecemos respeito por simplesmente ser quem somos.

What?

"O que eu estou fazendo aqui?" Foi essa pergunta que fiz para mim mentalmente hoje, quando acordei.
Não raramente volto a me fazer essa mesma pergunta. Tento encontrar às vezes sentido para as minhas atitudes impensadas. É como se a cada certo período de tempo (três, quatro meses), eu me reciclasse, deixando de lado vontades e antigos pensamentos, dando lugar a novos objetivos.
Embora isso realmente aconteça, hoje me vejo em situação a qual me pus à prova, e que quero continuar, na busca de querer encontrar resposta para o rumo da minha vida.
Não quero além do que eu consiga alcançar. Quero apenas me desafiar e me desprender da minha realidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Apresentações

Há tantas coisas que aconteceram ao longo desses meus vinte anos que gostaria de compartilhar... Não que alguém tenha necessidade de saber da minha vida... mas são situações interessantes - ou não -, que valem a pena serem registradas.
São tantas as coisas que deixarei a ordem cronológica de lado. Partirei de situações recentes, mas que exigirão voltar um pouco ao passado para que se compare meu grau de sorte; ou a falta dela. Aliás, falarei muito disso ao longo desse blog.