terça-feira, 12 de junho de 2012

Mais uma de reflexão

Minhas motivações se afundaram em um grande buraco negro, juntamente com as minhas fantasias. Talvez pela primeira vez esteja realmente vivendo, e não somente ocupando minha vida com objetivos futuros e incertos.
Mas não poderia eu ter os dois? Ou seria privilégio demais para alguém como eu, desprovida de ter nascido "de bruços para a a Lua"?
Quero meu mundo fantasioso outra vez, nem que eu me perca nele para o resto da vida. Melhor assim do que ser uma alma vagante, sem as menores perspectivas.
Felicidade? Sim. Realizações? Ainda não.
Quem sou eu, você me pergunta. Me denominaria com uma "cigana disfarçada de cidadã comum". Sou assim, desprendida, e ao mesmo tempo não. Preciso me renovar, ainda que timidamente. Sou impaciente, inconstante, problemática. Me vejo cheia de objeções.
Eu volto, retorno, volto outra vez, me arrependo, faço de novo na tentativa de não ter um novo arrependimento. É isso que dá ter várias vidas. Quero todas e não quero nenhuma.
Começo a pensar e as palavras vão saindo. Talvez estes textos que escreva só eu os entenda. Tudo bem, afinal, é só um desabafo meu para eu mesma; até porque nada fica explícito para que alguém entenda plenamente.

É só mais uma das problemáticas da minha mente.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vou te contar sobre hipocrisia...

Os "adoradores de Deus", pregadores da bondade e respeito para com o próximo, são os mesmos que saem do culto, segurando uma rosa branca dada na porta de saída, representante da Paz, e jogam a "rendinha" que embala suas pétalas, no chão da via pública, exaltando seus pecados "pagos".

 Amém.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Palavrões

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de foda-se que ela fala.
Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se!?
O foda-se aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Me liberta.
- Não quer sair comigo ?
Então foda-se!
- Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo?
Então foda-se!.
O direito ao foda-se deveria estar assegurado na Constituição Federal.
Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua.
Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
Prá caralho, por exemplo.
Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que Prá caralho?
Prá caralho tende ao infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via-Láctea tem estrelas prá caralho, o Sol é quente prá caralho, o universo é antigo prá caralho, eu gosto de cerveja prá caralho, entende?
No gênero do Prá caralho, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso Nem fodendo!.
O Não, não e não e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade Não, absolutamente não o substituem.
O Nem fodendo é irretorquível, e liquida o assunto.
Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral?
Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo:
Marquinhos presta atenção, filho querido, Nem fodendo.
O impertinente se manca na hora!
Por sua vez o porra nenhuma atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional: ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!.
O porra nenhuma, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior.
É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
São dessa mesma gênese os clássicos aspone, chepone, reponee mais recentemente, o prepone - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um Puta-que-pariu, ou seu correlato Puta-que-o-pariu, falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba...
mitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso vai tomar no cu!?
E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!.
Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! 
Vai tomar no olho do seu cu!.
Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima.
Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!.
E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!.
Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa.
Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro
e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala?
Fodeu de vez!.
Liberdade, Igualdade, Fraternidade e Foda-se!!! 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Deixei tudo, de repente. E de repente, num curto espaço de tempo, tudo muda diante dos meus olhos, ou melhor, diante de relatos.
Por que essa falta do que já não tinha? Por que essa falsa dependência? O meu sentimento inconsciente revelou-se; adormecido estava.
Meu apego familiar na verdade existia, porém, de forma que eu o via realista demais para continuar a tê-lo por perto. Fugi de tudo o que me fazia mal, que na verdade era apenas mais uma "revolta adolescente"; ou não. Poderia escrever linhas de justificativas plausíveis para ter me afastado de tudo. Infelizmente a lista ficaria incompleta, já que muitas coisas morrerão comigo.
Cresci em um ambiente que não corresponde ao que sou hoje. Nada mesmo. Engraçado pensar assim, já que a tendência das crianças é crescer de forma a ter a família como espelho, pelo menos em alguns aspectos. O que faltou para minha formação mental foram imposições, graças a Deus. Religiosamente, socialmente, profissionalmente, pessoalmente. Cresci sozinha e inconstante. Acho que isso tem explicação. Não me acho em meu próprio mundo porque talvez ainda não o enxergue.
Me tornei maior de idade achando que teria o dever de seguir um caminho contrário e revolucionário para me dar bem e me destacar como pessoa. Não me via fazendo as mesmas coisas que os outros, até porque sempre me vi fora da sociedade a qual fui educada. Não pertencia àquela instituição, tampouco ao grau de sociedade que lá estava. Eu era uma estranha, uma desprovida de tudo.
Timidez, humilhação, constrangimento. Janelas fechadas, risadas apontadas, vergonhas. Tudo e mais um pouco contribuiu para uma série de revoltas silenciosas e gritantes, porém, sempre sensatas. A sensação que tenho às vezes é de que tudo o que faço acaba por ser frustadamente errado.
Eu sou assim, sempre assim.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Viagens" de um dia confuso

Mais um dia, com a variação de mental mudando em um tempo muito curto, desejando ansiosamente que eu enlouqueça de vez. Hoje estou bem, amanhã mal. Hoje quero a volta, amanhã a permanência. Hoje Caxias, amanhã São Paulo. Ontem o Jornalismo, amanhã o Direito. Ontem meu futuro, hoje meu passado. Quero tudo, tantas coisas de uma vez! Minha loucura já começa daí. Não tenho foco predominante. Sou uma metamorfose ambulante. Meus pensamentos voam longe como se eu pudesse resgatar vontades, desejos, experiências anteriores, e com isso outro momento de dúvida na minha cabeça. Não sei. Sou presa aos meus pensamentos e idealizações, e isso tem jeito de que nunca irá mudar. Por mais que os anos passem a maturidade me ensine a superar tudo isso, sinto que sim, isso faz parte de mim. Não bastasse desejos incontroláveis e distintos entre si, a ansiedade acompanha isso de maneira a me atormentar e a gerar consequências desagradáveis em minha vida. 
Hoje, só vivo de acordo com o que a vida têm a me oferecer, embora sofra. Abraço todas as alegrias e desafios, mas às vezes sinto não ser forte para encarar tudo sozinha, ainda mais com meu orgulho gigantesco.

Almejo o futuro. Sugo o meu passado.



quarta-feira, 25 de abril de 2012

A sensação de impotência com o "queijo" sobre as mãos. Revoltante, e ao mesmo tempo estranho. Tudo mais em mãos, todo o alcance possível e só a sensação de mais um dia... até que passa e eu volto ao sonho. O contrario acontecia, é bem verdade. Não sei o que pode ser pior: encarar a realidade como um grande sonho, ou um grande sonho como uma realidade comum aos meus olhos.


segunda-feira, 16 de abril de 2012


Instante de tranquilidade

Hoje eu parei tudo para colocar minha cabeça no lugar. Queria tentar entender o que aconteceu comigo ao longo de um tempo tão curto. Não sei. O que sei é que deixei muitas coisas para trás, sem compreender de fato o porquê. Muitas ações, poucas reflexões, e bem poucas tentativas de colocar tudo em uma balança. Dois mundos paralelos e de poucas perspectivas. Incertezas constantes, mas hoje agindo, sem em nada pensar.

Preciso de um descanso de alma, antes de tudo. Estou sobrecarregada.
Não sei o que pensar, não sei o que fazer, não sei que rumo tomar, não sei o segredo da "vida maravilhosa". Embora minha motivação esteja baixa, minha esperança está sempre ali, de pé, como se algo bom fosse acontecer a qualquer momentos em que eu esteja desprevenida.

...



Coca-cola, descanso no sofá e cabeça a mil. 

terça-feira, 3 de abril de 2012


Crônicas de uma vida complexa - Parte II

Diariamente estou passando por um trânsito emocional bem difícil de lidar. Quando não estamos emocionalmente bem, a tendência é que o nosso corpo reaja de forma à descontar tudo isso no nosso organismo. Por isso mencionei a azia. Não acho que seja coincidência ou apenas o resultado de anos de estresse passar pelo que estou passando. São muitas enfermidades em um espaço de tempo relativamente curto. Sem falar na minha pouca idade.
Absorvo muito, e descarto de maneira errada. Não consigo pôr um equilíbrio em meio a esses dois fatores. Paciência já vi que tenho demais. O que tenho de menos é a "arte de saber lidar". Levo tudo meio torto, meio descontente, meio mais ou menos. Estou aqui hoje, prisioneira das minhas próprias atitudes errôneas.

Não sei. Me desprendi das minhas boas coisas, e hoje dou lugar à.... não sei bem. Ando levando com a barriga, ver o que acontece, esperando boas notícias e ótimas novidades. Talvez eu tenha muita expectativa, e como dizem, quanto maior a expectativa, maior a frustração.
Estou em cima do muro, esperando ser puxada pelo lado "menos pior".

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Abertura Pânico na Band


Crônicas de uma vida complexa - Parte I

Embora muitas poucas vezes tenha escutado, sei que as pessoas pensam a meu respeito. "A menina temperamental".
Não é me defender, tampouco me colocar como vítima. Longe de mim esse rótulo cretino de gente mimada. Mas o fato é que não me sinto mal pelo fato de ser assim, muito pelo contrário. Sou alguém que venceu as próprias barreiras da timidez e da inocência e, que ainda sim, continua muito das duas coisas. Talvez seja o meu pior erro.
Voltando a personalidade, nem sempre a tive "forte". Digamos que isso foi desenvolvido no período "pós-escola". É, até parece coisa de filme americano, onde a menina feia e tímida é vítima de gozações e chacota. Mas o pior é que foi mesmo. Nunca fui uma santa de pensamentos, é bem verdade. Revidei por poucas vezes através de força bruta, mas muitas verbalmente. Mas uma coisa eu garanto: nunca agi de graça. As poucas vezes, de nível extremo de irritação, me fiz contra meus "agressores". Quem engole sapo acaba com ele entalado a vida inteira. E foi isso que passei a desenvolver ao longo da vida: "Parar de engolir sapos".
São tantos sapos que um conjunto deles chamamos de AZIA. Ah... estou sentido ela agora. Vinte e um anos de sapos engolidos e aqui está o resultado.
Precisei sair da escola para o meu verdadeiro eu sair de mim. Assumo minha grossura, mas só faço uso dela quando necessário. Tontos os que conformam-se com injustiças feitas pelo outro. Se defender a integridade é ser grossa ou coisas do tipo, então eu sou grossa das piores! Não tolero muitas coisas, mas sempre mantendo o bom senso.
Bom senso e justiça são a razão de tudo. Não adianta querer defender uma causa individual e levar vantagem sobre o outro. O justo é o justo, não é vantagem nem desvantagem para ninguém. Não é uma filosofia de vida minha, adquirida através dos dias... é uma forma de pensar constante e que considero muito correta.
Não vejo outra razão ou verdade que me diga o contrário, até porque não há religião ou crença que abra a minha mente para enfiar asneiras nas quais nem sei de onde veem. Tenho minhas próprias ideias, construídas através da minha pouca vivência, portanto, as considero ideais para um bom convívio com o próximo, sendo esse "próximo" alguém querido ou não.

Por diversas vezes já repeti a frase: "Seja um filho da puta, mas um filho da puta assumido". Continuo pensando assim, mas não mais para mim. Sei lá, como não acredito nem em céu, nem em inferno; não sou do tipo que vai na igreja pagar os pecados, e chega em casa falando mal do vizinho. Se há alguém nos vigiando, ele não estará apenas nos momentos de "santidade". Somos o que somos, e perca de tempo é acreditar em portal para a vida eterna e asas mágicas. Tolos os que vivem achando que somos fruto de alguma experiência mirabolante, onde aqui estamos sendo postos à prova de algo para que assim possamos nos teletransportar para um lugar mágico. Por favor!

A vida é bem mais que um conto de fadas..

O Piercing

Uma vontade antiga de colocar um piercing no nariz. Finalmente criei coragem e coloquei!!! Claro, se não fosse a Joelma tomar a iniciativa de comprar no Azeitona Preta, me dar de presente de aniversário, e TER que ir no último sábado, último dia válido da promoção, ia ser difícil eu ter feito, rs...
Tá aí o resultado, nas fotos. Também tem o vídeo que o lazarento do Danilo fez pra rir das nossas caras, hehehehe







segunda-feira, 26 de março de 2012

21 anos


Olha, mãe... acabei parando em um programa policial. Desculpa...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Às vezes tenho vontade de agarrar e colocar tudo o que eu gosto dentro de um pote, onde eu possa tirar a hora que eu quiser. É difícil para mim ter que sentir aquela sensação do não aproveitamento, do "falta alguma coisa", da saudade antecipada, da impotência de não poder voltar e ver pessoas queridas quando bem entender.
Meu temperamento "de lua" ajuda a me sentir mais estúpida ao me comportar de maneira contrária a que deveria com quem gosto, muitas vezes. Sou um ser movido por sentimentos extravasados de maneira impensada e irresponsável. Digo tudo o que penso, mas às vezes o que penso, não é mais o que eu acho - tudo isso em questão de minutos.
Só queria ter o poder de ter equilíbrio em todas as decisões nessa minha vida, e não ficar nesse carrocel eterno.  Aquela vontade de fazer tudo, TUDO ao mesmo tempo. Vivo intensamente, sempre com o sentimento de ter feito tudo errado, de maneira a não ter aproveitado o suficiente para dispensar as tão temidas "culpa" e "saudade". Mas é claro que isso irá acontecer, de uma maneira ou outra, e é isso que tento dizer para mim. Não importa como, tudo acontece como têm que acontecer, e forçar algo ou um humor que não pertence a você naquele momento, só tornará o momento uma farsa.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vergonha!

Esse tipo de coisa me causa uma revolta tão grande, mas tão grande, que dá vontade de literalmente pegar um mega-fone e gritar para todos ouvirem e compreenderem de uma vez por todas que esse tipo de coisa nada mais é que uma lavagem cerebral, cujo objetivo é fazer com que as pessoas continuem a seguir supostos mandamentos ridículos, e que acreditem em absurdos como os ditos no vídeo, para que essas mesmas pessoas acreditem, e inconscientemente façam tudo o que essa gente quer! VERGONHA!
Mas o que me revolta, além de tudo, é que a justiça e os órgãos superiores nem se quer tomam partido de toda essa babaquice. Esses verdadeiros palhaços podem brincar com a ingenuidade humana, mas humoristas não podem brincar?

VAMOS ABRIR OS OLHOS!

http://www.bispomacedo.com.br/2012/02/03/quem-derrubou-os-edificios/

Metamorfose Ambulante...

Perdi a vontade de escrever quando aprendi a viver o mundo real. Senti que precisava escrever nos momentos mais sem sentido da minha vida, onde me via sem rumo, sem perspectivas.
Meus desejos continuam, mas minhas mágoas já foram maiores. Só as preocupações perduram, ainda sim, mais amenas. Hoje vivo mais confiante, com mais lucides; coisa que não tinha há pelo menos um ano atrás. Sou dona de mim, e pouco me importa os outros. Vivo pra mim e pra quem eu gosto. Sou dona dos meus pensamentos e do meu futuro.
Por onde ando, como eu ando, com quem ando... isso não interessa. Sou a ovelha negra. Sou aquela que traça caminhos tortos, a do contra; mas nunca vou pelo caminho errado, veja bem... Não gosto do convencional. Já tentei me render a ele inúmeras vezes, mas fora inútil. Não é pra mim. Eu não pertenço a isso.
Traço novos caminhos a cada mudança de pensamento. Nunca estou na mesma reta. Isso é bom, como pode também ser ruim Sei lá... só sei que sou assim, e mudar eu não posso. Fazer isso é me forçar ser quem não sou.

Sou uma metamorfose ambulante.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Um tapa de luva na sociedade

Um texto inteligente,  contra "moralistas superficiais", como o próprio Danilo Gentili diz. Vale a leitura.
Texto retirado do blog http://pablodiego.posterous.com/


O humorista Danilo Gentili postou a seguinte piada no seu twitter:
"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?"
A ONG Afrobras se posicionou contra: "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG. "Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade" , avalia Vicente.
Alguns minutos após escrever seu primeiro "twitter" sobre King Kong, Gentili tentou se justificar no microblog:
"Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?" (GENIAL) "Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com o cara porque é famoso. A cabeça de vocês é que têm preconceito."
Mas, calma! Essa não foi a tal resposta genial que está no título, e sim ESTA:
"Se você me disser que é da raça negra, preciso dizer que você também é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra, pois, se todas as raças são iguais, então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo?
Quem propagou a ideia que "negro" é uma raça foram os escravagistas. Eles usaram isso como desculpa para vender os pretos como escravos: "Podemos tratá-los como animais, afinal eles são de uma outra raça que não é a nossa. Eles são da raça negra".
Então quando vejo um cara dizendo que tem orgulho de ser da raça negra, eu juro que nem me passa pela cabeça chamá-lo de macaco, MAS SIM DE BURRO.
Falando em burro, cresci ouvindo que eu sou uma girafa. E também cresci chamando um dos meus melhores amigos de elefante. Já ouvi muita gente chamar loira caucasiana de burra, gay de v***** e ruivo de salsicha, que nada mais é do que ser chamado de restos de porco e boi misturados.
Mas se alguém chama um preto de macaco é crucificado. E isso pra mim não faz sentido. Qual o preconceito com o macaco? Imagina no zoológico como o macaco não deve se sentir triste quando ouve os outros animais comentando:
- O macaco é o pior de todos. Quando um humano se xinga de burro ou elefante dão risada. Mas quando xingam de macaco vão presos. Ser macaco é uma coisa terrível. Graças a Deus não somos macacos.
Prefiro ser chamado de macaco a ser chamado de girafa. Peça a um cientista que faça um teste de Q.I. com uma girafa e com um macaco. Veja quem tira a maior nota.
Quando queremos muito ofender e atacar alguém, por motivos desconhecidos, não xingamos diretamente a pessoa, e sim a mãe dela. Posso afirmar aqui então que Darwin foi o maior racista da história por dizer que eu vim do macaco?
Mas o que quero dizer é que na verdade não sei qual o problema em chamar um preto de preto. Esse é o nome da cor não é? Eu sou um ser humano da cor branca. O japonês da cor amarela. O índio da cor vermelha. O africano da cor preta. Se querem igualdade deveriam assumir o termo "preto" pois esse é o nome da cor. Não fica destoante isso: "Branco, Amarelo, Vermelho, Negro"?. O Darth Vader pra mim é negro. Mas o Bill Cosby, Richard Pryor e Eddie Murphy que inspiram meu trabalho, não. Mas se gostam tanto assim do termo negro, ok, eu uso, não vejo problemas. No fim das contas, é só uma palavra. E embora o dicionário seja um dos livros mais vendidos do mundo, penso que palavras não definem muitas coisas e sim atitudes.
Digo isso porque a patrulha do politicamente correto é tão imbecil e superficial que tenho absoluta certeza que serei censurado se um dia escutarem eu dizer: "E aí seu PRETO, senta aqui e toma uma comigo!". Porém, se eu usar o tom correto e a postura certa ao dizer "Desculpe meu querido, mas já que é um afrodescendente, é melhor evitar sentar aqui. Mas eu arrumo uma outra mesa muito mais bonita pra você!" Sei que receberei elogios dessas mesmas pessoas; afinal eu usei os termos politicamente corretos e não a palavra "preto" ou "macaco", que são palavras tão horríveis.
Os politicamente corretos acham que são como o Superman, o cara dotado de dons superiores, que vai defender os fracos, oprimidos e impotentes. E acredite: isso é racismo, pois transmite a ideia de superioridade que essas pessoas sentem de si em relação aos seus "defendidos"
Agora peço que não sejam racistas comigo, por favor. Não é só porque eu sou branco que eu escravizei um preto. Eu juro que nunca fiz nada parecido com isso, nem mesmo em pensamento. Não tenham esse preconceito comigo. Na verdade, SOU ÍTALO-DESCENDENTE. ITALIANOS NÃO ESCRAVIZARAM AFRICANOS NO BRASIL. VIERAM PRA CÁ E, ASSIM COMO OS PRETOS, TRABALHARAM NA LAVOURA. A DIFERENÇA É QUE ESCRAVA ISAURA FEZ MAIS SUCESSO QUE TERRA NOSTRA.
Ok. O que acabei de dizer foi uma piada de mau gosto porque eu não disse nela como os pretos sofreram mais que os italianos. Ok. Eu sei que os negros sofreram mais que qualquer raça no Brasil. Foram chicoteados. Torturados. Foi algo tão desumano que só um ser humano seria capaz de fazer igual. Brancos caçaram negros como animais. Mas também os compraram de outros negros. Sim. Ser dono de escravo nunca foi privilégio caucasiano, e sim da sociedade dominante. Na África, uma tribo vencedora escravizava a outra e as vendia para os brancos sujos.
Lembra que eu disse que era ítalo-descendente? Então. Os italianos podem nunca ter escravizados os pretos, mas os romanos escravizaram os judeus. E eles já se vingaram de mim com juros e correção monetária, pois já fui escravo durante anos de um carnê das Casas Bahia.
Se é engraçado piada de gay e gordo, por que não é a de preto? Porque foram escravos no passado hoje são café com leite no mundo do humor? É isso? Eu posso fazer a piada com gay só porque seus ancestrais nunca foram escravos? Pense bem, talvez o gay na infância também tenha sofrido abusos de alguém mais velho com o chicote.
Se você acha que vai impor respeito me obrigando a usar o termo "negro" ou "afrodescendente" , tudo bem, eu posso fazer isso só pra agradar. Na minha cabeça, você será apenas preto e eu, branco, da mesma raça - a raça humana. E você nunca me verá por aí com uma camiseta escrita "100% humano", pois não tenho orgulho nenhum de ser dessa raça que discute coisas idiotas de uma forma superficial e discrimina o próprio irmão."

domingo, 29 de janeiro de 2012

Meu bem


Foi tão simples, tão natural. Hoje me vejo gostando mais do que o normal.
Só sei que gosto, e não sei o por quê; aliás, é claro que sei. Me apaixono cada dia por um olhar, por um sorriso, por um gesto, por uma palavra, por um conselho, por um carinho. Alguém que me abraça, que me entende, que me ouve, que me aguenta, que me dá um bombom sem motivo.
Alguém que me espera, que me ajuda, que quer meu bem. Conheci tanto em tão pouco tempo. Meu bem, meu anjo, meu amigo, meu amor. Um alguém especial por si só. Só basta sua presença para que meu dia se torne melhor.
A gente se dá tão bem! É uma cumplicidade, uma confiança tamanha que é gostoso de ter.

Eu só sei dizer que eu amo você.

OBRIGADA