quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Olá, Limeira! - Parte 3

Segunda-feira, 27 de Dezembro. Tranquila, mas nervosa. Não sei como descrever aquela sensação. Meu primo Cláudio me levou a pé até a emissora, para eu aprender o caminho, afinal, no primeiro dia eu havia ido de carro por outro caminho.
Saímos de casa muito em cima da hora, mas por sorte, cheguei 12h30 em ponto. Lá, conheci os editores da manhã. Fizeram me sentir em casa, a vontade. Os editores da tarde foram chegando, e eu passei a tarde sentada em uma cadeira, acompanhando o trabalho deles.

O mais engraçado é que durante duas semanas que fiquei acompanhando, as horas passavam muito rápido. Talvez pela minha sede de aprender aquilo que mais me dava prazer, e realizar o que eu mais queria: trabalhar em televisão.
Aprendi, e tinha meu lugar na mesa. Passei então a fazer parte da equipe do Jornal da Cidade.

Olá, Limeira! - Parte 2

A entrevista foi feita, conheci a emissora, e por coincidência, um dos editores estava se desligando da empresa. Até aí tudo bem, mas para a minha surpresa, fui contratada imediatamente! Isso aconteceu em uma sexta-feira, dia 24 de Dezembro. Fui chamada para uma experiência já na segunda-feira.
Saí de lá tranquila, mas desacreditada. Pra variar não pus fé em mim mesma.
E não era só por isso. Também não sabia como ficaria ali. Como ficaria ali?
Véspera de Natal, e eu queimando a cabeça, pensando no que fazer. Ficar ali e buscar uma tentativa de aprendizagem, ou aproveitar as minhas "férias" em Florianópolis, e curtir o Ano Novo com os amigos? Até hoje não acredito que coloquei isso na balança.
Com um pingo de um arrependimento estúpido, optei por tentar "ver qual é que era" a do trabalho. Falo assim porque, reforço... não botei fé; e nem tanto por achar que não iria me adaptar ao trabalho, mas sim, por achar que não valeria a pena ficar ali, sabendo que não moraria naquela cidade por muito tempo. Qual seria a vantagem?
Passei o domingo aos nervos. Por sorte e pela "cutucada" do destino, havia trago minha apostila do curso de edição na mala. Relembrei coisas básicas, mas essenciais. Projetei mil possibilidades na minha cabeça. Ficar ali, aprender por alguns dias, conseguir trabalho em outro lugar; chances, oportunidades, visibilidade. Viajei sozinha, como sempre. Não fazia ideia do que viria.


...

Os dias passam... os pensamentos ficam.

Mais um dia.
Mais um dia que passa, e que nada penso. Ou melhor, penso, mas não deixo que isso tome conta da minha vida. Pensar demais impede que se viva, já dizia... minha consciência. Planejar, buscar soluções,  fritar a cachola, só resulta em neurose. Não quero ser mais neurótica do que já sou.
Passei dezenove anos da minha vida em busca de me encontrar... e ainda não me encontrei. Mas ao menos pus para fora meus vários "eus", ou ao menos os vários "eus" que gostaria de ser.
Sei lá... pensar que deixei muito para trás, ou que é tarde para muitas coisas é se enfiar sozinha em um buraco profundo que nem se quer existe. É tudo conversa do lado negro da minha mente. Voltar a minha vida é um ato tranquilizador, mas também um ato de se contradizer, e aí vem o arrependimento, os questionamentos vão pairar sobre a minha mente, e entrarei em um looping eterno.
Não vou entrar nessa.
Talvez seja menos sortuda, menos talentosa, menos bonita, menos favorecida, menos empenhada, menos inteligente, menos consciente que o resto do mundo inteiro... mas ao menos a minha vida hoje me permite estar em um estado pleno de felicidade.
Pensar muito no amanhã nos impede de viver o hoje. Essa frase é tão verdadeira quanto dizer que 1+1 é igual a 2. Como odeio ser clichê.

domingo, 2 de outubro de 2011

Só quero ter uma segurança. Preciso confiar, acreditar.
Eu vejo o que, às vezes, não se percebe que o faço.
Sei de coisas, sinto coisas, que a dúvida me faz ter um pé atrás, para ali ficar.
A dúvida, infelizmente, sempre paira, até prove o contrário.
Ouvir de mim pedido de explicações? Jamais.
Quero apenas a sinceridade e a consciência de que meu silêncio não necessariamente faz de mim um ser desprovido do que se passa ao redor.
Sei de muito, sei mais do que deveria. Não direi que sei, mas provavelmente surgirá uma brecha pra eu questionar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Olá, Limeira! - Parte 1

Às vezes a impressão que dá é que a minha vida sempre foi assim. É como se nada de novo tenha acontecido e que meus olhos sempre foram acostumados a ver toda essa diferença que, aliás, muito estranho foi de primeira vista, se puxo da memória. Ao mesmo tempo, tudo muito novo.
A beira de completar 10 meses que estou totalmente desprendida da minha vida habitual, muitas coisas aconteceram. Me descobri mais forte do que sou, mais insana do que poderia imaginar. Foram muitas coisas jogadas no meu colo de uma só vez. E apenas duas opções: aceitar ou não aceitar. Me desafio hoje a viver tudo que os meus até então 19 anos não me permitiram.
Desejei muitas coisas, porém, a coragem do primeiro passo nunca havia dado as caras - embora a esperança de  uma oportunidade de mostrar minhas vontades nunca morrera.
Hoje talvez não esteja vivenciando exatamente tudo que planejara, mas ao menos estou vivendo muitas experiências novas; aprendizados, convivência, sentimentos dos mais envolventes. Estou me permitindo levar.

Quando decidi visitar minha tia e primos em Limeira, algo me dizia que eu não iria voltar. Não sei, é estranho, pois a cidade não me parecia apresentar perspectivas de que eu fosse conseguir algo para lá poder começar uma nova vida; ao mesmo tempo que em minha mente, era meio caminho para chegar ao meu objetivo, São Paulo.
Pois bem. Pra começar, ironicamente minha meia dúzia de roupas para passar no máximo uma semana, tornou-se uma gigante mala, onde coube quase todo o meu guarda-roupa. Era o destino batucando minha cabeça.


Estava cansada, estressada, passando por um momento de reflexão em umas férias forçadas. Vou visitar meus primos que não conheço pessoalmente, por que não? Fui o que fiz, embora estranhamente isso tenha realmente passado pela minha cabeça.
Outro fato curioso é eu ir pra uma festa com alguns amigos e me despedir dos mesmos, como se aquele curto período de visita à alguns parentes fosse uma mudança. Irônico! Foi algo inconsciente, reforço... mas o fato é que me despedi, com algo me dizendo que não voltaria.
Desisti do avião - sonhos negativos e tal. Peguei o ônibus, dia 4 de dezembro. Sem frescuras nem problemas com 19 horinhas de chão. Me dispus a ir pensando e sonhando acordada.
No caminho, diversos per causos, como 2 ônibus quebrando e uma carona de ambulância. Fora isso, só pensamentos positivos.
Desembarquei em Limeira, como quem adentra em um forno há horas aceso. Ao ser aterrorizada pelo meu primo de que ali sempre era assim, já imaginava minha volta o mais rápido possível.
Grande engano.

Uma semana se passou até que minha mãe também chegasse. Conhecemos um pouco da cidade e da região. Colocamos a conversa em dia, e no meio de uma conversa normal de fim de tarde, comentei com meu primo que gostava e que queria trabalhar com edição de vídeo. Ele comentou que em Limeira não havia curso de Rádio e TV - o que eu queria-, mas que ele conhecia uma moça que trabalhava numa das emissoras da cidade, e que poderia ver com ela se havia alguma vaga para a minha área. 
Ao mesmo tempo que fiquei feliz, não criei muitas esperanças, já que me parecia impossível que me empregassem, tendo pouco conhecimento, e ainda que o fizessem, eu não me imaginava morando sozinha naquela cidade.
Enfim, mesmo assim, aceitei o "desafio". 


Uma semana se passou e eis que meu primo avisa que posso levar meu currículo até a tal emissora. Foi marcado que eu levasse numa quinta-feira, acabei levando na sexta (ponto negativo, Daiane). Com as pernas bambas para o que me esperava, meus primos me levaram até lá. Entrei com a minha mãe. Lá, todos muito simpáticos. Me cumprimentavam como se já me conhecessem. 
De fato não estava mais no Rio Grande do Sul.

...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Talvez no início eu tenha visto isso tudo como um período experimental; talvez tenha visto como uma período de descanso de ideias.
O fato é que por muitas vezes acordo e vejo a acomodação em que me dispus. Aceitei as férias que dei para mim mesma, já não bastasse os longos dias que passara antes de tudo isso; a diferença está na liberdade, nas agradáveis companhias que se fizeram essenciais. Era tudo o que eu mais temia.
Era tudo o que eu queria; nada que imaginara, mas tudo o que queria. Só o que não queria era me ver presa a uma dúvida cruel que agora paira sobre mim.
Tenho duas vidas, agora. Sou eu aqui, era eu lá. Querer voltar ser o que era me parece distante, estúpido. O que aconteceu com os meus sonhos, meus objetivos, minhas metas de vida? Estacionei minha mente e deixei que minha alma tomasse as rédeas da situação.
Só tenho medo de deixar a vida passar. Por mais especial que esteja sendo minha passagem por essa nova visão de vida, não tenho certeza se quero abrir mão do meu 'eu ontem'.
Talvez seja um luxo, aos olhos de muitos, dizer que tenho o poder de ditar quando essas minhas longas 'férias' irão acabar. Só eu sei o quão difícil por fim ou não a isso será para mim.
Posso continuar, mas talvez não deva. Tenho mais a descobrir.
Levar essa bagagem rica que consegui será um prazer.

Não vai ser fácil.

domingo, 28 de agosto de 2011

O que estou fazendo? Por que estou fazendo? Onde estou? Por que estou?
Estou perdida em uma maré de acontecimentos e perguntando-me por tantas coisas, as quais não sei responder.
Meus objetivos se esvaíram como os dias que estão a passar mais rápido do que um piscar de olhos.
A vida passa na minha frente e eu não a vejo. Sinto, mas gentilmente a deixo passar.
Quero sentido outra vez.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Frustração

O que pode ser mais frustrante na vida de alguém, do que o medo do já enfrentado?
A expectativa vem acompanhada com o medo, e com eles, a curiosidade do desconhecido. E o que dizer do medo do que se conhece?
Frustrante é ver-se em uma situação a qual a pouco você via-se completamente segura e com a certeza de demonstrar essa segurança para quem quer que fosse. Mostrar-se madura, de mente aberta.
Para onde foi parar? Em que buraco se escondeu essa pessoa? Não sei. Só o que sei é que ela está apenas dormindo, tenho certeza. Ninguém deixa de ser o que um dia foi, simplesmente porque os anos se passaram ou porque as coisas mudaram. Uma forma de pensar sempre será uma forma de pensar, embora as circunstâncias da vida a levem a agir de outras maneiras.

Hoje, tenho medo de me arriscar, de decidir um destino, de tomar uma decisão concreta. Quem me conhece há algum tempo, desacredita ser a mesma de apenas dois anos atrás. Eu tinha um querer, um objetivo, um motivo, e um "querer provar", chamado por mim de "coragem". Era apenas uma libertação de taxações, disfarçado de uma coragem repentina, criada por mim.
Nunca me achei irresponsável, muito pelo contrário. Sempre tive a mente aberta, e sempre soube administrar bem minhas decisões.
Agora só me resta descobrir o que aconteceu com esta pessoa. Só me resta tentar não me julgar tanto ou, procurar entender o porque de tamanha mudança.


"Os anos amadurecem a nossa mente, mas também endurecem nossa alma".

quarta-feira, 27 de julho de 2011


A grande graça da vida está nas fases e das lembranças que sobram delas.
Se for pra rir, ria pelos momentos engraçados.
Se for pra chorar, que chore de saudades, ou de emoção.
Se for pra ter vergonha, não envergonhe-se pelo que fez, e sim pelo que deixou de fazer. 
A vida passa, as coisas mudam, e só nos resta viver e reviver as boas lembranças.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Foco.


Eu desviei o meu foco, completamente.
Será que talvez isso não se deva ao fato de eu ter encontrado finalmente um estado pleno de felicidade?
Felicidade é um estado de espírito, não é um tesouro raro que você precisa procurar a vida inteira. Ser feliz hoje, com o que se têm, com o que se é.
Eu desviei o meu foco, e agora também do assunto.
Parei no meio do caminho, sabe-se lá o porquê; aliás, sei sim o porquê. Desisti. Momentaneamente ou para sempre, não sei.
Desisti talvez por não encontrar mais sentido ou, pra descansar as ideias, mesmo inconscientemente. Então a palavra não é propriamente "desistir", e sim "descansar".
Passamos por fases as quais nos fazem crescer, refletir, embora nem sempre sejam boas... Mas acreditem: sempre têm algo a acrescentar., apesar dos pesares.

Vivo sozinha, embora sempre cercada. Já sofri muito por isso; hoje, já me conformo. Me conformo, mas procuro conhecer a fundo as pessoas que passam pela minha vida, que me fazem bem, e de que gosto - mesmo não sendo recíproco, tamanho afeto.
Não demonstro. Talvez esse seja o meu maior defeito.
Às vezes finjo me conformar. Às vezes finjo estar bem e aceitar situações a qual me incomodam. Não exijo nada das pessoas. Exijo de mim mesma; mais atenção, mais compaixão, mais razão, mais juízo, mais concentração.
Me perco em palavras, em gestos, em promessas, em conversas. Me engano na consciência de estar sendo enganada. Desconfio quando não tenho motivos concretos para tal.
Desviei do assunto novamente, olhem só.
Escrevo quando tenho vontade de conversar com alguém e não tenho um alguém ou, quando não me sinto a vontade para tal. Escrevo tudo o que penso, tudo o que vivo, tudo o que tenho vontade de dizer.
Sou inconstante, tenho esse jeito.

Enfim, estou aqui. Eu vivo, eu sofro, eu choro, eu digo estar tudo bem.
Será mesmo que está...?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Música

Minha infância ouvindo Tribalistas, Terra Samba, Mamonas, Araketu, Netinho da Bahia, Rick Martin. Talvez por isso nunca tenha criado preconceito contra nenhum gênero musical.
Cresci me inspirando em músicas, não em bandas.
Respiro cada música lembrando de um momento da vida.
Respeito e sou de várias músicas. Aprecio a letra, a melodia.
Não me interessa quem canta, quem escreveu, se fez sucesso ou não. Sou a eclética desentendida.
Mas música não é para ser entendida, é para ser sentida.
Música é música, independentemente de seu gênero.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Impulso

Pensamentos impulsivos eu sempre tenho. Atitudes é que me faltam. Ou até melhor assim.
Quantas vezes pensei em ir embora, e quantos motivos me fizeram permanecer.
Embora não pareça, sou uma amante dos momentos da vida. Sei aceitá-los, aproveitá-los. Sei das consequências de abrir mão das alegrias, portanto, já não faço isso por escolha, faço isso por necessidade.
Vou levando, vou curtindo, relevando, repensando.
Deixo assim, como está. Me estresso, como mal, durmo mal, mas relevo. Tanto já aprendi, já ri, conheci, me diverti que isso não passa de meros detalhes.
Por isso me acalmo para decidir as coisas. Decidir algo de cabeça quente é besteira.

O impulso é o inimigo da vida.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Escolhas e Consequências

Minhas costas não são mais as mesmas;
Meu estômago então, não existe mais.
Meus cabelos, minha aparência... meus pensamentos. Tudo mudou.

Me vejo sem sonhos, sem vontades, sem desejos. Me vejo com dores, com estômago embrulhado, sozinha - mesmo cercada... mas não infeliz.
Tenho um lugar para voltar, para me confortar. Por que ainda insistir nisso? Não sei, só sei que estou deixando levar. Como disse, não tenho mais metas, sonhos, motivação. Vivo cada dia como mais um, somente, simplesmente.
"Trocar o certo pelo incerto", era o que eu dizia. Troquei o "certo" pelo incerto que está certo, mas que é incerto. Entendeu? Nem eu.

Talvez inconscientemente testando meus limites. Talvez as coisas boas que vivo compensem as consequências dessa vida louca que escolhi. Talvez.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Domingo...

Céu cinzento, tempo bom.
Muitas nuvens, pouco Sol; nada de Sol.
Gosto assim, desde sempre.
Reflito, respiro, olho pro céu, descanso.
Não me entendo, ninguém me entende. 

Tudo que precisei hoje eu tive. Um momento de sossego, um momento que me pus a varrer a casa, lavar algumas roupas, arrumar meu quarto. Tudo muito tranquilo, sem o conflito de "não saber por onde começar".
A cada dia que passa, por incrível que pareça, vou aprendendo coisas novas. Afinal de contas, já são sete meses fora de casa. 
Estão sendo sete meses intensos. 
Aprendi a conviver, a respeitar, a cozinhar, a me virar, a ver a vida de outra forma. Aprendi que o melhor da vida está sim nas coisas mais simples que ela proporciona; aliás, não aprendi, já sabia disso... só estou ponto em prática toda uma visão que cultivei por anos.
Estou crescendo, estou acalmando meus pensamentos eufóricos. Deixo assim... estar... 

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Peixes - Sexta, 1º de julho de 2011

"A lunação deste mês mobiliza seu coração. Sua forma de amar e receber amor será avaliada por você. Momentos de carência e sensação de rejeição pode incomodar. Mas tudo para levar você a questionamentos importantes."




Não acredito muito nessas coisas, de verdade. Tudo o que foge um pouco das "leis naturais" e daquilo que tenha uma explicação coerente, eu duvido. Mas ainda sim costumo  acompanhar meu sígno, e admito que fico impressionada como o horóscopo diário consegue bater com minha situação de vida.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ondas,

11ºC, e -1ºC em Caxias do Sul. Mesmo odiando o frio, por que razão ainda sim queria estar lá nesse exato momento?
Diariamente você não se questiona o porquê de darmos valor às coisa somente quando não temos por perto? Faço essa pergunta a mim mesma todos os dias. Engraçado... das valor até mesmo àquilo que era ruim, que não lhe fazia bem. Simplesmente voltar a reviver toda àquela vidinha pacata que eu estava tendo nos últimos meses. Minha depressão, minha amargura para com a vida.
Trocar todo o bem estar e revigoramento que estou tendo por uma antiga e chata rotina. Que absurdo! Mais absurdo do que isso é pensar sobre tal.
Absurdo, mas real, acredite.
Trocar o certo pelo incerto já não importa mais. O que entra em jogo nessa fase é trocar uma felicidade por outra. É como abrir mão de um brinquedo favorito na infância.
Felicidade demais tem seu preço.
Criei dois mundos onde agora não quero me desfazer de nenhum deles. Haviam três, mas desse eu já me desfiz naturalmente, sem meu consentimento. Mas dessa vez a decisão impera sobre mim e precisa dos meus olhos e minha alma atentos a todo o momento.
Escolhas.
Deixo a onda da vida me levar, e muitas vezes até me afogar. Talvez este tenha sido meu erro desde o início. Estou agora enterrada na areia sem poder me mover. Deixarei, portanto, que outra onda venha e então me carregue de volta ao mar.
Quem sabe assim um barco não escute meu socorro e me ajude a sair desse mar mais segura e planamente calma.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Let me go back

Mergulhada em uma ideia irreal. Permaneci nela por dias, meses, anos... segundos. Respirava essa história absurda, cercada de fantasias ilusórias.
Cresci em função de talvez fazer parte dessa ilusão, sem perceber que isso já havia me consumido por inteiro. Eu já pertencia a essa ideia. Respirei o ar mais puro, mais gostoso, mais profundo. Era como se entorpecer de uma substância desconhecida e proibida, mas revigorante.
Fiz uma viagem longa, sozinha. Não concretizei pouco; concretizei o diferente, o suficiente.
Ao abandonar a ideia, larguei de um vício espontâneamente, como se nunca me pertencera antes.
Não era para mim. Foi apenas um remédio para apaziguar o meu mal.
Que viagem longa e absurda fora essa. Só quem viveu em função de algo ou alguém entenderá o que falo.
Queria isso outra vez, embora o preço a se pagar pode ser alto. Você fica sem saber diferenciar realidade de fantasia. Você permanece estarrecido por uma visão mágica e perfeita de uma vida impossível.
É como um filme da vida. É escrever uma história de acordo com a sua imaginação. É dar vida a sua própria fantasia. Saber controlar a sua mente e acalmá-la com seu restante de sanidade é essencial. Saber diferenciar, saber lidar com ambas as situações.
Viva de acordo com a sua alma, mas não a deixe levar para lugares obscuros onde você corre o risco de não voltar confortavelmente.

sábado, 25 de junho de 2011

Seja; esteja


Vá um dia para Caxias do Sul... Mas saia de lá antes de endurecer;
Vá um dia para Limeira... mas saia de lá antes de amolecer.

Vivendo, aprendendo, curtindo. Sendo dona de mim. Pensando menos, agindo mais. Sonhado menos... vivendo mais. Não tenho mais expectativas: tenho experiências, vivências, alegrias.
Já não sei mais o que quero; mas também não chego a estar em uma crise existencial. 
Estou curtindo uma fase plenamente minha. Sou eu vivendo eu mesma. Não desejo ser ninguém mais e nem estar em outro lugar a não ser onde estou agora. 
"Eu estou aonde deveria estar". Constantemente essa simples mas profunda frase me vem à cabeça. Não sei ao certo o que estou fazendo ou o que espera por mim daqui pra frente. Só sei que estou viva, estou plena, estou desligada do mal que me alienou...


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ser


Eu vou lembrar, eu vou agir assim. É de minha natureza SER assim.
Pensar, repensar, fugir.
Eu desvio da vida como quem desvia de um buraco no asfalto, com um carro. Não deixo que a infelicidade nem se quer encoste em mim, mas essa tentativa é sempre inútil. Independentemente de qualquer coisa, eu sempre sofro.
Há quem diga que mais vale viver plenamente e sofrer, à que deixar de desfrutar as coisas boas por evitar que isso aconteça.
Eu penso assim, embora na prática seja outra história.
Sou fruto de um período de mágoas e frustrações. Fui humilhada por diversas vezes, e é por isso que hoje sou assim: de pedra.
Só o que quero é que as pessoas que entendam e que não me levem a mal. Tenho sentimentos, tenho respeito ao próximo, só deixo de demonstrar.

Desculpem-me por eu ser assim.

segunda-feira, 13 de junho de 2011


Vacina chamada "Realidade"...

Estou vacinada.
Mas do que nunca, hoje sei o quanto a vida, nos últimos tempos, me moldou, de forma a não agir e a não me entregar à situações e emoções, como antes fazia. 
Sou o resultado de uma bem sucedida experiência feita por mim mesma. Sou minha própria cobaia; cobrei ações e reações de forma a evitar certos castigos da vida, a qual levei por toda uma vida. Porém, o preço a se pagar é muito caro. Privar-se de viver plenamente é quase que um atentado a própria felicidade.
Estou errada, e sei disso.
Apesar de tudo, estou ciente e de certa forma conformada com meu "karma". Não é ser dramática: só eu sei que já passei. 
Não reclamo de absolutamente tudo; tampouco desprezo totalmente das coisas que já passei, muito pelo contrário. Só estou vacinada contra a fantasia.
Às vezes, penso em fugir de tudo o que me faz bem por medo. Medo da felicidade é mais uma vez privar-se de perde-la mais à frente.
Tolice.
Por enquanto, estou agarrada a esta ideia. Vivo cada dia sem pensar muito no amanhã; ao mesmo tempo que tento não acomodar para não parar no tempo e evitar que apanhe da vida mais uma vez...
Sou uma viajante com ideias mirabolantes. Ninguém precisa me entender, tampouco me acompanhar. Só preciso que respeitem meu estado atual, nada mais.

sábado, 4 de junho de 2011

Entenda,

Eu vivo em função de entender os outros. Sei por vezes de seus pensamentos, de suas vontades, de suas reais intenções, mesmo que isso pareça impossível. Sim, isso é possível. Basta prestar atenção em um olhar, em uma reação, em simples atitudes.
Eu já sofri demais, eu já parei no tempo. Me cerquei por um escudo imaginário, onde tentei me poupar de vivenciar e me entregar à coisas a quais previamente sabia que iriam me prejudicar, ao contrário das minhas sempre ilusórias expectativas.
Tropeços e decepções, ainda que sempre previsíveis.
Sou uma nômade de pensamentos, de gostos, de virtudes. Vivo a vida conforme ela me leva, sem mais por sonhos incansáveis.
Eu só preciso de paz e de tranquilidade. Não exijo mais nada de ninguém; tampouco de mim mesma. Chega uma etapa da vida a qual nos damos conta de nosso karma e simplesmente nos conformamos com tal.
Só não quero que me façam viver de ilusões.

Vivo minha vida com pensamentos longínquos e realistas.

sábado, 23 de abril de 2011

Minhas lembranças, minha vida

É insano talvez dizer que isso fora responsável por desenvolver minha personalidade e visão de mundo nos últimos seis anos.
Bobagem afirmar que minha auto-estima e forma de encarar a vida resultou desse mundo paralelo.
Estúpido achar que isso foi essencial para que eu mantivesse meu bom humor e tivesse mais amor e visão privilegiada de um mundo cheio de alternativas.
Acredite.
Cresci e mergulhei em um mundo fantasioso repleto de pontos de interrogações. Vesti uma camisa peculiar para muitos, mas que para mim parecia ser como me auto-completar em diversos sentidos.
Sorri, chorei, gritei, corri, busquei, arrisquei, e consegui. Consegui vencer uma luta do bem a qual só eu estava competindo. Mostrei a que vim, e sanei essa fome.
Costumo dizer que não possuo sorte, e sim uma forma engraçada de encarar a vida; de querer e buscar o que quero. A sorte não existe, nós é que a construímos.

Somente minhas lembranças são capazes de traduzir as coisas incríveis que passei, que sonhei, que chorei. Um universo tão rico e belo em suas diferenças. Ah! Como daria minha alma para voltas àqueles dias de fantasias sem limites...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu quero viver


Cansei dessa vida de adulta.
Estou morando sozinha, em uma cidade estranha, faço minha comida, lavo minhas roupas e pago minhas contas. Embora a experiência seja ótima e essencial para qualquer um, às vezes me pergunto se não estou me cobrando demais; sim, pois desde os meus quinze anos quero a independência. Não por rebeldia, mas sim por necessidade.
Observava ao meu redor e tinha certeza que, se tentasse seguir os padrões da sociedade em que vivia, eu iria fracassar.
Eu queria seguir o que eu tinha vontade. Queria desvendar aquilo que tinha vontade de conhecer. Um mundo que infelizmente estava longe do meu alcance, mas que eu faria de tudo pra tentar alcançar.
Sonhei alto e sonhei forte. Abri mão de uma vida "confortável", mas também turbulenta e regada à coisas a qual não queria me envolver futuramente.
Sou calculista, assim como meu pai. Observo, penso, planejo, e faço. Talvez seja esse meu maior defeito. Por conta disso, deixei por muitas vezes de aproveitar a vida. Momentos a qual pensava mais nas consequências negativas ao invés dos benefícios.
Idealizo o futuro e deixo o presente a cargo da minha cabeça-dura. Sou uma marionete controlada pela minha própria mente. Olha só que ironia...
Posicionei meu corpo e minha alma atrás de um escudo, a qual me protejo dos prazeres da vida. Vivo, mas não desfruto daquilo que vivo. Critico o que foge dos padrões, mas acho legal ao enxergar de longe. Contraditório, não?
O que preciso, eu já sei: me libertar das amarras que me fizeram enxergar a vida com mais frieza. Me libertar da cobrança imposta por mim mesma.
Eu quero e preciso viver.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Acordei


Deitei minha cabeça no travesseiro hoje e me pus a pensar.
Como em raros momentos faço, fiz uma retrospectiva mental da minha vida, nos últimos anos. Lembrei de coisas a qual não lembrava mais; ou simplesmente não pensava. Lembrei de momentos alegres, inspiradores, mas que hoje não fazem o menor sentido. Lembrei de fases a qual minha criatividade estava à disposição dos meus sonhos. Deixei que o mundo da fantasia invadisse a minha vida e que transformasse as minhas vontades em feitos.
Eu vivia em uma nuvem.
Sentia poder coisas; sentia poder me desafiar, buscar o inalcançável. Queria expor, gritar meus anseios.
Fiz tudo que a vontade mandou.

O tempo passou e por razões diversas sinto que o mesmo esfriou minha alma. Me fechei pro mundo, ainda que o quisesse. Me senti intimidada por olhares julgadores. Junto a isso, hoje tampouco sei dizer como silenciosamente perdi todo aquele misto de sentimentos e desejos que almejava há poucos anos.
Me fechei pro mundo.

Passei a ver muito e enxergar pouco. Enxergar tudo com menos ânimo e mais realidade...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quem é você?


Há uma coisa que muito me incomoda desde que me conheço por "gente de opinião formada".
Uma sociedade que sempre viveu à sombra de formar e criar cidadãos comuns em ditos "Reis" ou merecedores de direitos maiores que o restante da população, somente porque fizeram algo que aos olhos da massa são incomparávéis aos demais.
Atenção: Não critico o ato de admirar, e sim a excessiva idolatria; critico ainda mais os que veneram de modo ridículo pessoas tão e somente porque outras pessoas a veneram, achando que assim se tornam mais interessantes perante a essa mesma massa.
Lamentável.
Lamentável também é ver pessoas que realmente são dignas de respeito por algum trabalho, mas que visivelmente a arrogância e mediocridade que carregam são resultado da excessiva atenção que os demais à entregam. Sim, pois atenção demais dada à seres de cabeça fraca resulta em comportamento dos mais variáveis.

"Você sabe com quem está falando?". Frases como esta dificilmente são ouvidas. Agora basta um simples posicionamento para alguém mostrar que pode mais do que você; ou achar que pode. E nem entrarei no quesito "classe social", porque não é bem essa a questão que quero colocar.

Uma pessoa pode ser "melhor" do que as demais por portar inteligência, algum dom, ou simplesmente por ser quem é; mas isso não lhe dá o direito de se portar perante os outros como alguém superior. Entendem o que quero dizer?
Encontramos pessoas de ego aflorado o tempo todo, durante toda a vida. Seja você, dê-se o respeito, e não deixe que ninguém pise sobre sua cabeça por qualquer motivo.

Apesar de tudo, todos somos seres humanos, e independente de qualquer coisa, merecemos respeito por simplesmente ser quem somos.

What?

"O que eu estou fazendo aqui?" Foi essa pergunta que fiz para mim mentalmente hoje, quando acordei.
Não raramente volto a me fazer essa mesma pergunta. Tento encontrar às vezes sentido para as minhas atitudes impensadas. É como se a cada certo período de tempo (três, quatro meses), eu me reciclasse, deixando de lado vontades e antigos pensamentos, dando lugar a novos objetivos.
Embora isso realmente aconteça, hoje me vejo em situação a qual me pus à prova, e que quero continuar, na busca de querer encontrar resposta para o rumo da minha vida.
Não quero além do que eu consiga alcançar. Quero apenas me desafiar e me desprender da minha realidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Apresentações

Há tantas coisas que aconteceram ao longo desses meus vinte anos que gostaria de compartilhar... Não que alguém tenha necessidade de saber da minha vida... mas são situações interessantes - ou não -, que valem a pena serem registradas.
São tantas as coisas que deixarei a ordem cronológica de lado. Partirei de situações recentes, mas que exigirão voltar um pouco ao passado para que se compare meu grau de sorte; ou a falta dela. Aliás, falarei muito disso ao longo desse blog.