segunda-feira, 2 de abril de 2012

Crônicas de uma vida complexa - Parte I

Embora muitas poucas vezes tenha escutado, sei que as pessoas pensam a meu respeito. "A menina temperamental".
Não é me defender, tampouco me colocar como vítima. Longe de mim esse rótulo cretino de gente mimada. Mas o fato é que não me sinto mal pelo fato de ser assim, muito pelo contrário. Sou alguém que venceu as próprias barreiras da timidez e da inocência e, que ainda sim, continua muito das duas coisas. Talvez seja o meu pior erro.
Voltando a personalidade, nem sempre a tive "forte". Digamos que isso foi desenvolvido no período "pós-escola". É, até parece coisa de filme americano, onde a menina feia e tímida é vítima de gozações e chacota. Mas o pior é que foi mesmo. Nunca fui uma santa de pensamentos, é bem verdade. Revidei por poucas vezes através de força bruta, mas muitas verbalmente. Mas uma coisa eu garanto: nunca agi de graça. As poucas vezes, de nível extremo de irritação, me fiz contra meus "agressores". Quem engole sapo acaba com ele entalado a vida inteira. E foi isso que passei a desenvolver ao longo da vida: "Parar de engolir sapos".
São tantos sapos que um conjunto deles chamamos de AZIA. Ah... estou sentido ela agora. Vinte e um anos de sapos engolidos e aqui está o resultado.
Precisei sair da escola para o meu verdadeiro eu sair de mim. Assumo minha grossura, mas só faço uso dela quando necessário. Tontos os que conformam-se com injustiças feitas pelo outro. Se defender a integridade é ser grossa ou coisas do tipo, então eu sou grossa das piores! Não tolero muitas coisas, mas sempre mantendo o bom senso.
Bom senso e justiça são a razão de tudo. Não adianta querer defender uma causa individual e levar vantagem sobre o outro. O justo é o justo, não é vantagem nem desvantagem para ninguém. Não é uma filosofia de vida minha, adquirida através dos dias... é uma forma de pensar constante e que considero muito correta.
Não vejo outra razão ou verdade que me diga o contrário, até porque não há religião ou crença que abra a minha mente para enfiar asneiras nas quais nem sei de onde veem. Tenho minhas próprias ideias, construídas através da minha pouca vivência, portanto, as considero ideais para um bom convívio com o próximo, sendo esse "próximo" alguém querido ou não.

Por diversas vezes já repeti a frase: "Seja um filho da puta, mas um filho da puta assumido". Continuo pensando assim, mas não mais para mim. Sei lá, como não acredito nem em céu, nem em inferno; não sou do tipo que vai na igreja pagar os pecados, e chega em casa falando mal do vizinho. Se há alguém nos vigiando, ele não estará apenas nos momentos de "santidade". Somos o que somos, e perca de tempo é acreditar em portal para a vida eterna e asas mágicas. Tolos os que vivem achando que somos fruto de alguma experiência mirabolante, onde aqui estamos sendo postos à prova de algo para que assim possamos nos teletransportar para um lugar mágico. Por favor!

A vida é bem mais que um conto de fadas..

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